Mudar de vida também é acolher as diferenças


Autor: Cristina Schonwald de Oliveira

Gestora de Assuntos para Terceira Idade

A reflexão sobre a questão de dogmas, de preceitos, de códigos, está presente e proporciona a oportunidade para a busca do tornar-se mais flexível para observar as situações que podem surgir em momentos inesperados. Neste contexto, podemos notar o quanto as pessoas ainda precisam estar dentro de um conjunto que lhes seja familiar e que traga uma direção.

Faz parte da nossa cultura o estar inserido em um grupo, seja religioso, político, pedagógico ou de atividades físicas, mesmo que ocorra ocasionalmente, pois isso é definidor de um status social que permite a participação em uma comunidade. Mesmo que esta participação seja em apenas rodas de conversas.

Em algumas ocasiões ocorrem circunstâncias que surpreendem, ocasionando, em um primeiro momento, reações preconceituosas e rápido julgamento. Mas, quando se permite observar atentamente o contexto de forma mais ampla, olhando com atenção todos os atores da cena, notamos que algo que não aceitamos pode estar fazendo bem para outras pessoas. É o exercício do respeito ao próximo e do acolhimento das diferenças.

Mesmo discordando de alguns pontos de vista, sempre existe a oportunidade de novas aprendizagens. Pode-se também, respeitosamente, contribuir acrescentando estímulos positivos com novos pontos de vista e gerando diferentes reflexões.

O encontro com outra pessoa ou com grupos deixa o legado do compartilhamento de outras histórias, outros saberes, outras experiências que trazem segurança e amparo na caminhada de cada um ali presente. É nestes momentos que nós nos construímos, nos reinventamos, abastecendo nossa fé e confortando o coração na suave aceitação das diferenças.

Dentro desse contexto, coloco aqui uma parte do artigo “Como anda seu julgamento?” (Izabel C. Heberle), como mais um aspecto para ponderação:

“Cada um tem o seu tempo e suas próprias referências internas, e justamente por essa razão, em um mundo que por si só já é duro e inflexível na maior parte das vezes, deveríamos ser mais acolhedores e menos julgadores. O que o outro faz ou deixa de fazer não nos diz respeito, pois estamos neste mundo, nesta experiência terrena, justamente para refinar todas essas posturas, aprender o que se faz necessário e evoluir em todos os aspectos. Lembrando que cada um tem o seu tempo.”

https://www.espacomultidimensional.com.br/artigos/autoconhecimento/como-anda-o-meu-julgamento