Estou me aposentando. E agora, o que fazer?

Autor: Cristina Schonwald de Oliveira

Gestora de Assuntos para Terceira Idade

Agora, é usar com sabedoria tudo o que está à disposição para guiar este momento de mudança. A evolução nas mídias sociais permite uma ampla orientação para diferentes pessoas de acordo com suas propostas de vida e necessidades, de acordo com suas possibilidades físicas e financeiras. Mas a maior proposta, além de ser a de buscar uma qualidade de vida boa, deve ser pautada no desenvolvimento pessoal, na busca de maiores conhecimentos e interações sociais.

                A rotina, antes vinculada a um trabalho diário e sistemático, não acontece mais. Para muitas pessoas, logo que param de trabalhar, surge a necessidade de ficarem sem fazer nada, só aproveitando o não ter compromisso. Para outras, a falta da rotina de um trabalho pode trazer uma sensação de menor valor, sentimentos de inferioridade, ocasionando um estado depressivo.

                As diversidades de reações são grandes, assim como, nessa ocasião, são muitas e diferentes portas que se abrem para que cada um, de acordo com suas possibilidades, tanto financeiras quanto emocionais ou de saúde, possam realizar mudanças nos seus hábitos.

                Sabemos que qualquer mudança não é fácil, nos tira da zona de conforto, nos confronta com nossos pensamentos, sentimentos e emoções. Mas, seja qual for a decisão que será tomada, nunca se está sozinho. Se alguém não tiver família, tem amigos, mas, acima de tudo, tem a si mesmo. Sim, quem é mais importante nesse e em todos os momentos é a própria pessoa. Está dentro de cada um a resposta para a melhor decisão, seja lá do que for.

                Não sabe por onde começar? O que fazer? Que tal pensar em uma viagem, conhecer novos lugares, novas culturas e pessoas? Leia o artigo no nosso blog “Viajando, passeando, saindo da rotina”. Pense no que gosta de fazer ou em algum sonho que ficou esquecido no tempo. Faça trabalho voluntário, é uma ótima e enriquecedora oportunidade de desenvolvimento pessoal e autorrealização. Talvez buscar aprender algo novo, fazer um curso, algum esporte, por que não?

                Já pensou em morar numa praia? Quantos benefícios pode ter e que maravilhosa e benéfica mudança pode trazer. Sobre isso vamos conversar mais em um próximo artigo.

                Então, devemos realmente aproveitar essa ocasião de maior maturidade e de mudanças de rotinas para cuidar de nós, plantando no presente, no agora, mais saúde física, emocional, espiritual e mental, para que os novos ciclos do avançar da idade sejam positivos, alegres e saudáveis. Olhando para nós com mais amor, sim, ter mais consideração conosco, aceitar como estamos, procurando nos conhecer, e então buscar o que for necessário e o melhor para nós, usufruindo da estrutura social e de mídia ao nosso alcance.

                Viver cada momento com alegria, com gratidão, brindar a vida a cada cafezinho ou chimarrão compartilhado, a cada sorriso ou gentileza trocado. Abrir-se para novos conhecimentos, novas experiências, lembrando as palavras do sábio Aristóteles no texto “A Revolução da Alma”:

“Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. A razão de ser de sua vida é você mesmo.”